Tem álcool nos seus olhos. É por isso que o vermelho já é tão rubro e vai desbotando o castanho. É por isso que não transborda mais. Fica a ardência formigando a vista para distrair o resto, o todo. O coração pulsando baixinho para se passar despercebido, o peito respirando longo quase para parar. Só pele e pêlos às vezes se animam sob vento e o frio. Sangue deveria esquentar, mas algumas coisas são bebidas abaixo de zero. O gosto de gelo na boca e na garganta, o cheiro nas mãos e na roupa. A dor de ausência na barriga...Lado esquerdo ou direito? Os dentes meio amotinados tremem exigindo atenção, se chocam dando sinal. Abrace seu peito e dobre as pernas, fique menor pra precisar de menos calor, calma ou alma. Seus olhos vermelho-água ilhando esse castanho-comum. Acho que beberia seus olhos... Mas fico com a sobriedade? Parece criança, assim encolhida. E esse novo tremor é tão senil. Adolescentes. O corpo batendo no chão, batendo errado. A culpa é do ar e garrafas. Vomitar não adianta, vê: o álcool já subiu para os olhos. E ainda resta muito castanho...
Se eles se fecharem, te cubro.
Se eles me olharem, os bebo.
Até lá:
-Mais uma dose?
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
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4 comentários:
ainda bem que você escolheu [ou se rendeu?] as letras.
a proposito, o título ficou ótimo.
saudações, meu caro.
:)
É, guri, tenho um palpite:
Tá apaixonado.
Quer dizer que vc cuida de muitos porres neh! A parcero, achei que quem te dava trabalho era so eu!kkkkk brincadera!!!
bjuuu
ca ra lho.
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