segunda-feira, 16 de junho de 2008

Saideira

Vinha o bardo me contando a história:

... Fiz cara de louco, aquele tique no rosto, uma voz etérea, estupidamente etérea...e recitei a primeira bobagem que me veio a mente:

“A poesia...

A poesia é pó de sentimentos
Pó diluído em tinta
Tinta bebida em versos
Versos vomitados em lágrimas”

As mocinhas se impressionaram, afinal, um lunático falando coisas sem sentido só poderia ser poeta...Mas elas não me deram o que queria...Só pediram um estúpido autógrafo.

- Mas o que você queria?
- Um cigarro, pô!
- E por que você simplesmente não pediu?!
- Meu jovem – ele retrucou, professoral – Poeta que pede, perde o lirismo...


Ouvindo: "Onze Dias", Los Hermanos

O Ministério da Saúde adverte: fumar pode causar câncer, mau-hálito, impotência sexual e exclusão social.

5 comentários:

buh . disse...

Gostei desta história no primeiro contato e, como eu disse na primeira oportunidade, fantástico o pedido do eu-lírico. Dá o tom na história, meu caro amigo... Mas sou suspeita pra falar, adoro seu lirismo.

:P

[Não abandone este lugar, em nome das boas leituras informais!]

Tá maravilhoso!

Beijooo
:o*

Anônimo disse...

hhauhauahua te dou um maço inteiro!!
bacana d+!

Natacha disse...

huahuAHuhUAHuAHuahuAHUa

bom, tudo o que eu tinha que falar sobre esse texto, já te disse ontem.
Não serei mais puxa-saco.

Obra-prima reserva!
=o*

Anônimo disse...

Bravo parcero!

Bravo.... =D

Anônimo disse...

pooooxa Gu,
pedindo cigarro pra menininhas na rua?